Galeria dos vencedores
Uma história com meio século
Fundado em 1903, o Automóvel Club de Portugal (ACP) desde sempre dedicou uma atenção muito especial à competição automóvel em Portugal, tendo chamado a si a organização das mais importantes competições dos calendários internacionais.
Não admirou por isso que, em 1967, o ACP tivesse levado para a estrada a primeira edição do Rally TAP, competição que rapidamente granjeou enorme prestígio internacional a ponto de, seis anos depois, ter feito parte do primeiro Campeonato do Mundo de Ralis.
Ao longo da sua história, o Rally TAP, e mais tarde o Rally de Portugal, escreveram páginas de sucesso no palmarés do Mundial, a ponto de ter sido considerado por cinco vezes o “Melhor Rally do Mundo” e em 2000 ter sido distinguido com o prémio de “Rali com Melhor Evolução do Ano”.
Depois da decisão da FIA em retirar a prova do calendário do Mundial, os responsáveis do ACP, desde que a Direcção presidida por Carlos Barbosa foi eleita, não deixaram de apostar no regresso do Rally de Portugal ao escalão máximo, o que foi conseguido em 2007, tendo as estradas do Algarve por cenário.
Fruto da rotação das provas no calendário do Mundial, o Rally de Portugal esteve ausente do WRC em 2008, mas voltou em 2009 ao convívio dos grandes eventos internacionais, num evento que recebeu os elogios unânimes de participantes, autoridades desportivas e Comunicação Social.
Após dez anos no Algarve e Baixo Alentejo, sete deles como jornada incontornável do calendário Mundial, e mais de uma década depois da última visita do Campeonato do Mundo à região de Entre Douro e Minho, o Vodafone Rally de Portugal regressa ao Norte do País em 2015 oferecendo às actuais estrelas do WRC a oportunidade de sentirem na primeira pessoa todas as emoções e exigências que tornaram mítica a prova do ACP.
Após dez anos no Algarve e Baixo Alentejo, o sonho de longa data tornou-se realidade: o Vodafone Rally de Portugal regressou ao Norte do País com um sucesso estrondoso e com um nível de competitividade impressionante, como se verificou em 2017, ano em que se assinalou o 50º Aniversário do Rally de Portugal no que acabou por ser uma edição memorável da prova, com recordes que deverão prevalecer por muito tempo.
Breve resumo da edição de 20122
Kalle Rovanperã faz história no Vodafone Rally de Portugal
Aos 21 anos, Kalle Rovanperä tornou-se o mais jovem vencedor de sempre nas 55 edições do Vodafone Rally de Portugal. Na (elogiada) prova do ACP, o prodígio finlandês voltou a mostrar toda a sua classe, ganhou pela terceira vez consecutiva no WRC e reforça a sua vantagem no campeonato, onde tem agora 46 pontos de avanço sobre Thierry Neuville. Elfyn Evans, vencedor em Portugal no ano passado, confirmou a dobradinha da Toyota, marca que chega ao sétimo triunfo em solo luso. Num rali com emoção até ao último quilómetro, Dani Sordo garantiu o derradeiro lugar do pódio para a Hyundai, enquanto Armindo Araújo (Skoda) voltou a ser o melhor português na 14ª posição da geral.
Classificação Geral Final WRC
Pódio
1º - Kalle Rovanperã / J. Halttunen em Toyota Yaris Rally1, com o tempo total de 3.44.19,2 horas;
2º - Elfyn Evans / Scott Martin em Toyota Yaris Rally1, a + 15,2 segundos;
3º - Dani Sordo / Candido Carrera em Hyundai i20 N Rally1, a + 2.17,3 minutos
Esapekka Lappi vence no WRC2
Quase não teve história a classe WRC2, tal o domínio de Esapekka Lappi, o piloto nórdico que já se havia sagrado campeão da categoria, em 2016, e agora procura voltar na próxima época a uma equipa WRC, depois de já ter guiado para a Toyota (2017 e 2018), a Citroen (2019) e a M-Ford (2020). Sem qualquer sobressalto, Lappi começou a construir o triunfo no início da segunda etapa, já que terminara a primeira empatado com Suninen. O furo de Ostberg (Citroen) em Arganil, com o qual perdeu minuto e meio, arredou-o da discussão da vitória e o russo Gryazin (VW) também se atrasou devido a problemas no turbo do Polo, a que se juntou mais uma penalização.
Mas a superioridade de Lappi acentuou-se quando Suninen furou em Amarante 2, aumentando a diferença entre os dois primeiros. No último dia Gryazin ainda alimentou esperanças de chegar ao pódio, mas Ostberg não lhe deu hipótese.
Classificação Final WRC2
1º, Esapekka Lappi/Janne Ferm (Skoda Fabia), 3h48m03.4s
2º, Teemu Suninen/Mikko Markkula (Ford Fiesta), + 1m42.8s
3º, Mads Ostberg/Torstein Eriksen (Citroen C3), + 2.24.3
4º, Nikolay Gryazin/Konstatntin Aleksandrov (VW Polo GTI), + 2.58.6
5º, Oliver Solberg/Aaron Johnston (Hyundai i20), + 3.13.5
Ricardo Teodósio vence para o CPR no Vodafone Rally de Portugal
A dupla Ricardo Teodósio e José Teixeira venceu a competição relativa ao CPR na 55ª edição do Vodafone Rally de Portugal. Uma prova que ficou marcada pelo calor, pelo pó e, acima de tudo, pela dureza do piso, que acabou por provocar inúmeros furos que se revelaram decisivos para a classificação final.
A grande regularidade e a ausência de “incidentes” ao longo das oito especiais, combinada com a reconhecida rapidez do piloto algarvio, foi o segredo para a supremacia, numa prova marcada pela dureza do piso e muito decidida pelos inúmeros furos que afectaram a maioria dos pilotos nacionais. Com a desistência, na segunda passagem pela Lousã, de Bruno Magalhães, que tinha vencido a especial anterior, com uma suspensão partida, a luta no CRP passou a ser entre Ricardo Teodósio e Armindo Araújo.
Apesar de ter começado com o pé direito, vencendo a Super Especial de Coimbra e a especial de Góis, o piloto de Santo Tirso sofreu dois furos que ditaram um atraso impossível de recuperar. O piloto de Santo Tirso ainda voltou, venceu a Power Stage de Mortágua, mas já não foi a tempo de recuperar a liderança.
José Pedro Fontes também passou por uma série de infortúnios, tendo “rolado no pó” de Bruno Magalhães quando este desistiu, furando logo depois. O piloto portuense não baixou os braços, e apesar do atraso sofrido, respondeu com o segundo melhor tempo na segunda passagem pela Lousã e com as vitórias nas especiais de Góis 2 e Arganil 2.
Miguel Correia também viu a prova condicionada por um furo, no seu caso, na PE de Lousã 2. Mas o regular e rápido piloto de Braga, ao volante de um Skoda Fabia Rally2, conseguiu chegar à terceira posição no CPR.
A prova a contar para o CPR ficou ainda marcada pelo incidente que envolveu Manuel Castro, na ligação entre as especiais de Arganil 2 e Mortágua, quando o Skoda Fabia R5 se incendiou. Um infortúnio que, felizmente, não teve quaisquer outras consequências que não fossem os danos materiais e o óbvio desalento do piloto.
A ESTATÍSTICA DO RALLY